O
diâmetro de giro expressa em números a maior ou menor facilidade do
veículo de manobrar. O valor indica o espaço mínimo em metros para
uma volta de 180 graus, podendo ser medido entre guias (ou seja, na
trajetória descrita pelo pneu dianteiro externo à curva) ou entre
paredes (caso em que inclui as extremidades do carro). O valor
informado nas fichas técnicas do Best Cars, que é divulgado
pelos fabricantes, refere-se normalmente ao giro entre guias. Assim,
um diâmetro de giro de 11 metros indica que o carro pode retornar em
uma via dessa largura, sem necessidade de manobra em marcha à ré,
usando todo o espaço entre uma guia e outra.
O
diâmetro de giro tende a ser maior em veículos mais longos ou com
maior distância entre eixos, mas esta regra está sujeita a
variações. Há carros amplos, mas com grande capacidade de
esterçamento (as rodas giram bastante nos batentes da caixa de
direção) e pequeno diâmetro de giro. Caso clássico é o do
Citroën DS (foto), com enorme
entreeixos de 3,13 metros, cujo diâmetro de giro de apenas 11 m era
o mesmo de um Fusca. O Omega nacional, pela tração traseira, também
conseguia diâmetro de giro muito bom, equivalente ao de um carro de
tração dianteira com um metro a menos de comprimento.
Não há relação entre diâmetro de giro e aceleração lateral. Esta
mede a capacidade do veículo de efetuar curvas. Quanto maior a
aceleração, mais rápido será possível tomar curvas sem que os pneus
derrapem, isto é, saiam da trajetória prevista. É informada em g,
unidade de medida que a compara à aceleração da gravidade (9,81
metros por segundo por segundo, ou m/s²).
Esportivos notáveis nesse quesito chegam a superar 1 g em testes em
circuito padrão com cerca de 30 metros de raio, o que indica que
seus ocupantes estarão sujeitos, nesse momento, a uma aceleração
lateral igual à imposta verticalmente pela gravidade. Carros comuns
de passeio costumam obter entre 0,7 e 0,8 g.
Além da aderência dos pneus, fatores como distribuição de peso entre
os eixos, altura do centro de gravidade,
calibração e geometria da suspensão afetam a capacidade de
aceleração lateral. O diâmetro de giro não influi, pois o teste é
feito em curva aberta, em que a direção é esterçada em grau bem
menor que o limite imposto pelos batentes.
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