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O sistema FSI (Fuel Stratified Injection, injeção de combustível estratificada) é a versão da Volkswagen alemã para a tecnologia de injeção direta em motores a gasolina, lançada pela Mitsubishi em 1996 no modelo Carisma GDI. Seu princípio é substituir os injetores no coletor de admissão, usuais na injeção indireta, bem conhecida hoje, por um sistema similar ao adotado em muitos motores a diesel, como os da série TDI da mesma VW.
 A injeção direta permite trabalhar com mistura ar-combustível mais pobre (com mais ar), em diferentes camadas, estratificada. O volume de combustível injetado nas câmaras de combustão é tão pequeno que não haveria combustão se a mistura fosse homogênea, como em um motor a gasolina convencional. No novo sistema, a mistura é formada por injeção estratégica e correntes de ar controladas com precisão, que resultam em misturas compostas capazes de ser queimadas na região das velas de ignição.
Essa fórmula, porém, funciona bem apenas sob carga (abertura de acelerador) parcial. Por isso, o motor FSI de 1,6 litro -- pela primeira vez nessa série da VW -- opera com mistura pobre, mas homogênea, em condições de maior solicitação. Essa operação também representa economia, pela elevada taxa de compressão e grande recirculação de gases. A alteração entre os dois modos não é perceptível pelo motorista.
Quais as vantagens do FSI? Aumento de 5% em potência e torque e redução de 10% no consumo médio, além de menores emissões poluentes. Só as de óxidos de nitrogênio (NOx) tendem a aumentar com a mistura pobre, exigindo um sistema especial de recirculação de gases: estes são armazenados em um catalisador especial (se totalmente cheio, o motor passa ao modo de mistura homogênea pelo tempo necessário) e convertidos em gases inócuos.
Um sistema de remoção do enxofre do catalisador especial é acionado para não prejudicar seu funcionamento. Aliás, o sistema requer gasolina com baixo teor de enxofre, indisponível em grande parte dos Estados Unidos, por exemplo, país que compra petróleo da Venezuela.
O sistema FSI foi aplicado em 2000 ao motor de 1,4 litro do pequeno Lupo, que passou a 105 cv, com um consumo de 20,4 km/l no ciclo médio europeu -- o primeiro carro a gasolina capaz de rodar 100 km com cinco litros, como lá se mede o consumo. Em 2002 foi a vez dos motores 1,6 de 110 cv, para Golf e Bora (incluindo as peruas Variant), e do 1,4 de 86 cv para o Polo.
É interessante salientar que a mudança visa justamente atenuar a condição desfavorável de funcionamento do motor ciclo Otto a quatro tempos, que é o uso com baixa carga, como o
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