O motor Fiasa
(utilizado nas famílias 147, Uno e Palio em versões de 1.000, 1.050,
1.300 e 1.500 cm3) apresenta problema crônico de durabilidade da
correia dentada de distribuição, que aciona o comando de válvulas.
A causa é o projeto deste motor -- também conhecido por Lampredi,
nome do engenheiro italiano que o concebeu -- prever o funcionamento
em sentido contrário ao usual.
Para
melhor compreensão, compare a correia dentada à corrente de uma
bicicleta. Nestes veículos o tensor da corrente fica montado no ramo
frouxo, no caso a parte inferior da corrente. É o que ocorre com
as correias de comando de todos os motores conhecidos, exceto o Fiasa.
Neste, o tensor fica no ramo tenso da correia, o que a
sobrecarrega e pode explicar sua fragilidade.
Quando a correia se parte, além da parada do motor, podem-se
verificar grandes danos ao setor de distribuição. É comum nesses
motores, sobretudo nas versões a álcool (em função do perfil da
cabeça dos pistões), que haja empenamento das válvulas, pois estas
continuam abrindo e fechando em alta velocidade, de forma desordenada
ao movimento dos pistões, e acabam colidindo com eles até sua parada
completa.
Esse problema não ocorre em outros motores, como a linha AP da
Volkswagen, em que é frequente a substituição da correia após
rompimento sem necessidade de qualquer reparo no motor.
Diante disso, o BCWS recomenda especial atenção com este
componente no motor Fiasa, substituindo-o a cada 20 ou 30 mil km, apesar de o fabricante recomendar maior intervalo.
Lembre-se de que, fora do período de garantia, a quebra da correia e seus danos são serão ressarcidos pelo fabricante, pelo que uma redução no intervalo pode ser sua melhor garantia.
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