O câmbio do Escort 1,8
16V não é considerado um puro 4+E,
pois a velocidade máxima é atingida em quinta marcha, em rotação bem
abaixo daquela de potência máxima, e não em quarta, que é curta demais
para isso. Nos 4+E mais radicais a
quarta é que leva à velocidade final, podendo a quinta apenas mantê-la
― ou nem isso, em alguns casos. Essa configuração tem sido rara no
Brasil, dada a preferência da maioria por um câmbio um pouco mais
curto. Só que algumas marcas exageram no encurtamento (saiba
mais).
Os dados declarados pela Ford para o Escort (consumo em cidade, 10,3
km/l; em estrada, 14,7 km/l) estão bem situados no segmento. Na
prática, porém, seu consumo é bastante elogiado pelos proprietários (leia
análise), já que os dados citados refletem medições em
laboratório, conforme padrão da ABNT seguido por todos os fabricantes.
As simulações de consumo do BCWS consideram o uso de carga
média, isto é, abertura parcial de acelerador (saiba
mais). O uso do método carga, com total abertura, permite menor
consumo (leia teste) mas
levaria a tempos de retomada de velocidade diferentes entre modelos de
potência muito variada. No caso da simulação de consumo em rodovia,
usa-se sempre a última marcha. Com isso, carros com câmbio 4+E são
beneficiados, pois a abertura de acelerador é maior para se obter a
mesma capacidade de retomada ― exatamente como acontece no uso
prático. Ao usar uma marcha inferior o consumo aumenta
em percentual estimado entre 15% e 20%.
Usar o ponto-morto com o carro em movimento é proibido e pode oferecer
riscos à segurança (leia consulta). O
consumo em si é mínimo com o motor nessa condição, apenas o necessário
para manter a marcha-lenta, em torno de 1,5 litro por hora.
Finalmente, segurar o carro em aclives "queimando" embreagem provoca
seu desgaste prematuro, devendo ser evitado sempre (leia
outras dicas sobre embreagem).
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