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As relações entre ângulo dos cilindros,
centro de gravidade e vibrações


Sabe-se que um motor com o ângulo entre os cilindros maior ajuda diminuindo o
centro de gravidade do carro, o que intergere na eficiência do carro. A Renault-F1 diz que utiliza um ângulo maior que 90º. Quais são as vantagens e desvantagens de usar esta angulação? E se o objetivo é ter um motor mais baixo, por que não se faz o uso de um motor de cilindros opostos (boxer) em um F1? O site é ótimo. Esclarece dúvidas, aceita as opiniões, conta a história de carros e de motos e muita coisa que é difícil encontrar em outros sites. Parabéns.

Bruno Mendoza Said
Niterói, RJ
saidbrasil@yahoo.com.br

Tudo em matéria de alto rendimento traz conflitos, Bruno. Cabe ao construtor conciliá-los. Um motor de "V" estreito seria o ideal do ponto-de-vista de área frontal menor, mas elevaria o centro de gravidade. No outro extremo, um boxer seria perfeito para abaixar o centro de gravidade, mas inadequado quanto à área frontal, ao menos em um Fórmula 1.

A questão do ângulo do "V" prende-se a questões de vibração causadas pelas forças de inércia das peças móveis, mas hoje há tecnologia suficiente para contorná-las. Seria ideal, sob esta ótica, que o ângulo fosse sempre igual a 720 (graus, um ciclo) dividido pelo número de cilindros. Assim, um V12 teria ângulo de 60°; um V10, 72°; um V8, 90°; um V6, 120°; um V4, 180° (boxer). Motores em "V" com esses ângulos existem ou já existiram na história.

Exemplo de motor V8 a 90°, ângulo ideal entre as bancadas de cilindros para maior suavidade: o dos Simcas, como os fabricados no Brasil na década de 1960

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Data de publicação: 28/1/03

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