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por Fabrício Samahá 

Extroid: como funciona a
transmissão toroidal da Nissan


Em um documentário na TV falou-se do desenvolvimento de uma transmissão toroidal por parte da Nissan e mostrando inclusive um modelo, não identificado, rodando com ele. Como funciona esta transmissão?

Evandro Araujo Menezes
Vitória, ES
evandro_es@hotmail.com

Recentemente pude assistir a um programa que mostrou a confecção de um cambio automático toroidal pela Mazda. Comparando com o Multitronic oferecido pela Audi, gostaria de saber das vantagens de um projeto sobre o outro.

Oreste Di Gregorio
Petrópolis, RJ
orestedigregorio@uol.com.br

Os leitores referem-se à Extroid, desenvolvida pela Nissan. Baseada no princípio da transmissão continuamente variável (CVT), ela tem como inovação o uso de dois pares de rolamentos (com acionamento eletroidráulico) para a tarefa de variar as relações, em vez de uma corrente ou correia, como é usual nesse tipo de transmissão. Os rolamentos estabelecem a ligação entre o disco de entrada (ligado ao virabrequim) e o de saída (ligado à árvore de transmissão).

A variação é obtida através da alteração do ângulo de trabalho dos rolamentos, através da seguinte equação: raio de saída / raio de entrada = relação. Na figura acima, o raio de entrada é indicado pelo seta amarela menor, e o de saída, pela maior. Para encurtar a relação, por exemplo, os rolamentos ficam em posição voltada para a parte mais interna do disco de entrada e para a extremidade externa do disco de saída. Os rolamentos não chegam a tocar os discos, graças a um fluido que permite a tração sem atrito.

A Extroid pode variar a relação em até 4,4:1 e estabelecer relações "virtuais" (seis neste caso), para dar a sensação de trocas de marcha a que o motorista comum está habituado -- muitos rejeitaram as primeiras CVTs pela estranha impressão de ganhar velocidade com rotação constante do motor.

Sua maior vantagem a capacidade de trabalhar com torque elevado, uma antiga limitação das CVTs. Embora a Multitronic da Audi (saiba mais) também tenha evoluído neste aspecto, permanece mais limitada que a da Nissan. Como os discos de entrada e saída estão dispostos no mesmo eixo, ela permite ainda a montagem longitudinal com tração traseira, como nos grandes sedãs Cedric e Gloria da Nissan (com motor V6 biturbo e quase 40 m.kgf de torque máximo), os únicos carros que a utilizam.

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Data de publicação deste artigo: 14/1/03

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