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Injeção de água: recurso do
passado para evitar detonação


Já vi em alguns sites sobre II Guerra que muitos aviões com motores de 12 a 18 cilindros tinham injeção de água, para que em momentos de emergência o avião ganhasse uns 20% de potência. Gostaria de saber se isto seria viável em automóveis.

Marcello
Betim, MG
atec22@terra.com.br

A injeção de água nos caças da Segunda Guerra Mundial, como o inglês Spitfire e o alemão Messerschmidt 109 (foto), não se destinava a ganhar potência em si, mas a evitar detonação quando a potência aumentava por instantes. Com isso, o pilotos dispunham do recurso de aumentar a pressão de superalimentação para elevar a potência temporariamente. Era útil nas emergências, como alcançar um caça inimigo ou escapar dele, por exemplo.

A água não é um combustível, mas ao ser admitida ao motor sua vaporização instantânea provocava queda de temperatura das câmaras de combustão (para se vaporizar, a água "rouba" muita caloria do ambiente) e com isso a destrutiva detonação era evitada. Os estudos de injeção de água iniciaram-se no começo dos anos 30 com o inglês Sir Harry Ricardo (1885-1974), considerado o maior responsável pelo desenvolvimento do motor de combustão interna. Alguns carros também traziam injeção de água, como o Chevrolet Corvair Monza Turbo de 1963 e o Ferrari (ex-Lancia) D50 F-1 de 1957. Nos carros de rua usava-se uma mistura de água e álcool etílico para evitar congelamento no inverno.

Só que tudo isso pertence ao passado: os controles eletrônicos de alta capacidade de hoje, a partir de sensores como o de detonação, são capazes de manter o motor com máxima potência no limiar da detonação, algo que a injeção de água jamais conseguiria com tanta perfeição.

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Data de publicação: 21/1/03

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