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O Kadett A de 1962 trazia o nome de volta, dessa vez para durar, e buscava competir com o Volkswagen; o cupê ao lado aparecia um ano depois

Em toda a linha o motor de 1,0 litro fornecia 40 ou 48 cv; havia espaço para crianças em um banco suplementar no porta-malas da Caravan

No estilo, o Kadett A parecia a miniatura de um carro norte-americano da época, como os Chevrolets. As linhas retas permitiam bom aproveitamento do espaço e o longo porta-malas, com sutis aletas nos para-lamas traseiros, chamava atenção. De fato, a publicidade da Opel destacava suas vantagens sobre o Volkswagen, como a facilidade de acomodar a bagagem e o bocal do tanque de combustível externo, que não deixava as malas com cheiro de gasolina. O sedã media 3,92 m de comprimento, 1,47 m de largura, 1,41 m de altura e 2,32 m entre eixos e pesava 670 kg, ainda menos que o modelo dos anos 30.

A configuração de motor dianteiro longitudinal e tração traseira foi mantida do Kadett original, mas a nova geração tinha evoluções importantes. O motor de 1,0 litro, ainda com comando de válvulas no bloco, era um projeto inédito e fornecia 40 cv e 7,2 m.kgf (48 cv na versão S, lançada no cupê e logo oferecida também com as demais carrocerias). No câmbio, as quatro marchas eram sincronizadas; a suspensão dianteira independente seguia o conceito de braços sobrepostos e a caixa de direção era do moderno tipo de pinhão e cremalheira. As diminutas rodas usavam pneus diagonais 5,50-12.

Nos Estados Unidos o Kadett era testado pela revista Popular Science. Importado pela GM para venda em 500 concessionárias Buick, ele oferecia lá as mesmas três carrocerias e os motores da Europa. Boas impressões deixaram espaço interno, bancos e posição de dirigir, assim como o comportamento dinâmico: "A suspensão é convencional, mas os elementos cooperam tão bem que você sente que há algo especial. E o rodar é mais macio do que se poderia esperar com um entre-eixos tão pequeno. Se suas necessidades são de um carro confortável e de baixo custo com espaço generoso para quatro, você deve dar uma olhada". Continua

Os especiais


Em 1964 a empresa Italsuisse apresentou um charmoso conversível de dois lugares com base no Kadett A, o Spider. Todo redesenhado por Pietro Frua, mostrava equilíbrio de linhas. O motor era o mesmo de 1,0 litro, mas com 60 cv. Foram construídas duas unidades, uma para teste (destruída mais tarde) e outra que ainda existe em ótimo estado.	Outro Kadett A foi transformado pela Vignale, de Turim, Itália, em um conversível mais esportivo, também chamado de Spider, para o evento de Genebra de 1965. No mesmo ano era reformulado como o Kadett Coupe (acima), um cupê esportivo com perfil baixo e para-brisa envolvente, para apresentação no Salão de Turim.

Sobre a geração D, a Bieber Borken alemã fez o interessante Kadett Cabrio, um conversível que disfarçava sua origem por meio da frente remodelada, toda preta e com quatro faróis retangulares. Rodas largas e molduras nos para-lamas eram aplicados para um ar mais esportivo.	A alemã Irmscher há tempos dedica-se aos carros da Opel, e o Kadett E esteve entre seus alvos de personalização. Toda a linha podia receber para-choques mais esportivos, aerofólio traseiro, saias laterais e um conjunto de dois faróis circulares para montagem no lugar de cada farol original.

Para o hatch E, Lexmaul e Mantzel ofereciam para-lamas alargados, para-choques envolventes com defletor, rodas mais largas e outros itens. Mais ousado era o Mattig Extrem (acima), um GSi com a carroceria bem mais larga, inspirada em carros de rali. Tinha ainda quatro faróis circulares e um aerofólio quase da altura do teto.	A empresa Kamei fez algo diferenciado: a partir de uma Caravan do modelo E, criou o Multicar, um veículo adaptável a várias condições de uso, de acordo com a seção traseira escolhida para a carroceria. Um modo previa um picape; outro, um furgão com teto elevado no baú de carga; outro ainda uma estrutura aberta nas laterais.