O motor do Taunus 12 M (de meisterstück, que quer dizer obra-prima) era um quatro-cilindros em linha longitudinal com cilindrada de 1.172 cm³, válvulas laterais e um carburador de corpo simples, que desenvolvia 34 cv a 4.250 rpm. Com três marchas e tração traseira, a velocidade máxima era de 110 km/h, suficiente para a época. A suspensão dianteira era independente pelo conceito McPherson, a traseira de eixo rígido, e os freios usavam tambores. Nada de requintes, mas um conjunto tradicional e adequado a sua proposta.

Apesar do charme do modelo conversível, realizado por empresas independentes, o Taunus não exibia grande desempenho: o motor de 1,2 litro desenvolvia apenas 34 cv

Em 1955 vinha uma grade modificada, que se parecia bastante com a dos Buicks da época por causa dos "dentes". Havia também uma versão "banguela", mais discreta... As luzes de direção estavam maiores e acompanhavam o contorno dos pára-lamas. A carroceria podia receber pintura em dois tons, conhecida aqui como saia-e-blusa, e os pneus, faixas brancas — tudo muito em moda na época. Também fazia sucesso um item muito apreciado para os dias de sol, o teto solar opcional. No mesmo ano era lançada a versão 15 M. O motor mais potente tinha 1.498 cm³ e 55 cv a 4.250 rpm, com o que a máxima passava a 125 km/h.

Jeito americano   A carroceria era completamente remodelada em 1957, assumindo uma clara inspiração americana. Parecia um Ford Crown Victoria menor. O modelo anterior continuava como opção mais barata. O novo estava disponível nas versões de duas e quatro portas e na perua Kombi (agora com K) de três portas, que era um tanto esquisita. Os sedãs tinham um aspecto mais agradável e equilibrado. Neles os "rabos de peixe", muito usados na época, eram discretos. O Taunus estava também mais confortável e espaçoso, embora simples como o anterior.

O desenho adotado em 1957 fazia lembrar os modelos da Ford americana, mas teve poucos adeptos; a versão 17 M lançava o motor de 1,7 litro e 60 cv

Em 1959, o modelo 12M com carroceria antiga era o carro mais popular da Alemanha. Sua única novidade estava na grade quadriculada. Outra alteração, para o modelo novo, era a versão mais potente disponível para todas as carrocerias, a 17 M. O motor de 1.698 cm³ e 60 cv a 4.250 rpm o levava a 125 km/h e, em relação ao anterior, o carro crescia: estava com 4,25 metros de comprimento. Por causa da carroceria pouco atraente e vendas baixas, porém, durou pouco. Foram produzidos 235 mil entre 1957 e 1960.

Uma nova carroceria estreava no final de 1960, mais moderna, com linhas retas e sem nenhuma inspiração americana. Continuava com as mesmas configurações e a perua Kombi ainda com duas portas. Mantinha o comprimento do modelo anterior, mas na frente trazia grade em forma de trapézio invertido e dois faróis circulares. Grande novidade era o motor de quatro cilindros em "V" a 60°, configuração que se tornaria comum nos Fords europeus por um bom tempo. A cilindrada era de 1.183 cm³ e a potência de 50 cv a 5.000 rpm, com um carburador de corpo simples.
Continua

Nas telas
Nos filmes de James Bond podemos ver dois Taurus. Em O espião que me amava (The spy who loved me), de 1977, com Roger Moore e Barbara Bach, eles são perseguidos por um modelo quatro-portas preto da última geração quando estão a bordo de um Lotus Esprit. Claro que o Ford não conseguiu alcançá-los... Quem estava no Taunus era o temível "Dentes de Aço", interpretado por Richard Kiel.

Também em Nunca mais outra vez (Never say never again), de 1983, com Sean Connery e Kim Basinger, um oficial que faz o papel de irmão da bela americana é assassinado dentro de um Taunus.
No mundo
O Taunus foi fabricado na África do Sul como Ford Cortina, seguindo as linhas do modelo inglês, com motores de 1,3, 2,0, 2,5 e 3,0 litros. Na Austrália também era o Cortina e, a partir de 1980, Fairmont. Tinha versões de quatro portas e Panel de duas, com motores de 2,0 litros e dois de seis cilindros — um com 3,3 litros e 130 cv, outro com 4,1 litros e
155 cv. Deviam assustar muitos cangurus...

Na Argentina era vendido o Taunus de linhas alemãs, com carrocerias sedã e cupê fastback. Seguiam também as motorizações de lá. Teve uma carreira longeva e era muito apreciado por nossos vizinhos.

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