Um anglo-saxão de longa vida

Lançado antes da guerra, o Ford Taunus atravessou décadas
e marcou época com suas muitas versões e gerações

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Uma linha de carros longeva é logicamente uma linha de sucesso. Assim começou, em 1939, a linha Taunus da Ford na Alemanha (Deutsche Ford  Motor Company). A empresa americana instalou-se em Berlim em 1925 e, seis anos depois, transferiu-se para a cidade de Colônia, no noroeste do país.

Em junho de 1939 o Taunus era apresentado. Era o primeiro Ford genuinamente alemão, um projeto local e não mais uma adaptação de modelos americanos. O pequeno carro de quatro lugares aproveitava o conjunto mecânico do modelo Eiffel, que se aposentava. Seu motor de quatro cilindros em linha e 1,2 litro gerava uma potência de 34 cv e a velocidade máxima era de 106 km/h.

  O modelo 1948 marcou a retomada da fabricação do Taurus após a guerra, com as mesmas linhas da versão de 1939, já um tanto superadas

Poucos exemplares foram fabricados, porém, pois semanas depois a Segunda Guerra Mundial tomava conta da Europa e paralisava a produção automobilística em quase todo o continente. Anos após o conflito, em 1948, a produção era retomada. A carroceria estava um tanto superada, mas o carro econômico, pequeno e simples foi muito apreciado naqueles tempos difíceis. Suas linhas eram curvas, com pára-brisa dividido, portas de abertura para trás ("suicidas") e faróis circulares. A versão de duas portas era a mais comum e suas linhas não impressionavam. Existia nas versões básica, Spézial e De Luxe. Havia também o conversível, mais simpático.

Em 1952 recebia uma carroceria totalmente nova. Tornava-se moderno e de acordo com sua época. A carroceria podia ser de duas portas, perua de três — denominada Combi Car — e conversível, esta produzida em pequena escala por empresas independentes. O sedã era um três-volumes de 4,11 metros de comprimento e pesava 830 kg. Agradou pelas linhas e o sucesso veio de imediato.

Em 1952, uma reformulação completa o deixava atualizado com seu tempo; o emblema do globo terrestre na frente declarava sua intenção de alcançar novos mercados

Na frente tinha faróis circulares. No capô havia um vinco central, que trazia na extremidade frontal um escudo com o desenho do globo terrestre — como que divulgando a ambição da Ford, que desejava exportar o automóvel para vários países do mundo. Abaixo, uma grade retangular dividida. As amplas janelas permitiam uma visibilidade muito boa. Por dentro, com conforto, viajavam quatro pessoas. O volante de cor branca combinava com o acabamento em metal do painel, que tinha o essencial, e com o revestimento em duas cores. A alavanca de câmbio ficava na coluna de direção. Continua

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Data de publicação: 19/3/05

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