Em nome do filho
Falecido
ainda jovem, o homem que herdaria o império Ferrari |
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Desde o final dos anos 40 a casa de Maranello encanta o mundo nas pistas
com suas máquinas vermelhas. Na década seguinte elas passavam a ter
versões de rua, adaptadas às estradas rápidas de toda a Europa. Nos
modelos de pista, as atenções da fábrica convergiam para os Fórmulas 1 e
2 e os protótipos. Desenvolviam-se motores V12 para a F-1 e os
protótipos e um V6 estreante para a F-2. Este V6 foi batizado como Dino,
em homenagem ao único filho do comendador Enzo, cujo nome era Alfredo
Enzo. |
A primeira proposta, mostrada por Pininfarina em 1965, era de um cupê de linhas arredondadas e motor de 1,6 litro: o Dino 206 Berlinetta Speciale |
Em
1964 começava um estudo, na famosa casa italiana Pininfarina, de um
esportivo pequeno para a marca de Maranello, a pedido de Enzo. A
intenção era produzir um Ferrari com preço mais acessível. No ano
seguinte aparecia no Salão de Paris o carro-conceito Dino 206
Berlinetta Speciale (berlinetta é diminutivo de berlina,
ou sedã em italiano, e corresponde a cupê naquele idioma). Desenhado
por Aldo Brovarone, era um esportivo muito baixo, com linhas
aerodinâmicas e um curioso teto em forma de arco, composto pelas
duas portas e seus vidros. Tinha o volante do lado direito e
inspiração clara nos carros de pista. O motor de 1,6 litro usava
lubrificação a cárter seco e dupla
ignição. Hoje está exposto no Museu de Le Mans. |
O Dino 206 GT em versão final: desenho mais convencional, mas muito bonito, e motor V6 central-traseiro de 2,0 litros e 180 cv |
Um ano depois era apresentado o Dino 206 GT (o número significava 2,0 litros e seis cilindros), versão definitiva para produção, ainda com carroceria de alumínio. O motor V6 traseiro, com bloco e cabeçote de alumínio, tinha cilindrada de 1.987 cm³, potência máxima (líquida) de 180 cv e torque de 19 m.kgf a 6.600 rpm. Desenvolvido pelo competente engenheiro Aurelio Lampredi, seu desempenho entusiasmava, pois o conjunto pesava apenas 900 kg. Em testes o esportivo atingiu 235 km/h, o que estava longe de ser comum na época — o mais potente Porsche de então, o 911 S de 160 cv, ficava atrás por 10 km/h. Continua |
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