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Carros do Passado

Motor inovador   Os 265 cv desenvolvidos pelo propulsor de 3,5 litros do 350 GT eram insuficientes para o novo projeto. Bizzarini então elevou a cilindrada de 3.460 para 3.929 cm³, aumentando o diâmetro e o curso para 82 x 62 mm. Agora o V12 produzia 350 cv a 7.000 rpm (potência líquida) e um torque de 36,8 m.kgf. Para alimentar os 12 cilindros foram adotados quatro carburadores Weber de corpo triplo. Era um motor sofisticado, com bloco construído em alumínio e duplo comando de válvulas em cada bancada.

No Salão de Turim de 1965 a Lamborghini apresentava apenas o chassi e o motor do futuro carro, mesmo assim causando sensação

Para economizar espaço dentro do cofre, o câmbio e o diferencial eram integrados ao bloco do motor, tecnologia típica de motocicleta. Isso permitiu que todo o trem-de-força ocupasse pouquíssimo espaço e fosse posicionado na transversal, em uma configuração inédita. Contava com caixa de cinco marchas e diferencial autobloqueante. Já o chassi inovador, desenhado por Giampaolo Dallara, era construído em chapas de aço perfuradas, com 0,8 mm de espessura, com alumínio nas seções traseira e dianteira, garantindo baixo peso. Seu entreeixos media apenas 2,5 metros.

Em 1965 a Lamborghini apresentava, no Salão de Turim, apenas o chassi e o motor de seu novo carro. O desenho chamou a atenção do público, que ficou entusiasmado com a engenhosidade do estudo. A estrutura era extremamente arrojada; a posição do radiador “deitado” sobre a parte dianteira, o pequeno habitáculo e a disposição do propulsor geraram especulações. Mas ainda faltava a carroceria — e nessa época ninguém da fábrica tinha a menor idéia de como seria.
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Roadster e ZN75
O Miura Roadster, exemplar único: um conversível ainda mais atraente que o cupê, com o motor exposto e o acabamento interno branco
Se um Miura já é um carro raro, devido à reduzida produção, o que se pode dizer então de uma versão que se resume a um exemplar? Em 1968 a Bertone decidiu desenvolver um carro-conceito baseado no Miura. Após retrabalhar toda a estrutura da carroceria, apresentava o único Miura conversível produzido.

O modelo utilizado tinha o número de série 3.498. Se o modelo original já era belo, o roadster ficou ainda mais bonito. Com modificações no pára-brisa, tornando-o ainda mais inclinado, novo desenho das tomadas de ar superiores, mais largas e triangulares, e a retirada da persiana traseira, criando uma superfície plana, como nos Corvettes StingRay, porém com o motor à mostra, o conversível se tornou um marco na história da Bertone e da Lamborghini.

Pintado em azul claro, com a lateral inferior e o acabamento interno brancos, o Miura Roadster foi apresentado no Salão de Bruxelas de 1968.
A mecânica não sofreu modificações, mantendo o V12 de 350 cv do P400.

Mais tarde foi vendido para a empresa ILZRO, que desenvolvia pesquisas em ligas com zinco e decidiu reconstruir o roadster utilizando esse tipo de liga. Várias modificações foram feitas sob a direção de John Foster, que alguns anos depois passaria a trabalhar no departamento de estilo da Ford. Rodas, chapas do chassi, faróis e muitas outras peças foram substituídas por componentes à base de zinco.

O Miura Roadster passava a se chamar ZN75, em alusão à sigla e ao peso atômico do zinco na tabela periódica. Pintado de verde escuro, com base preta, o conversível se tornou novamente um mito. Apresentado em dezembro de 1970 em Paris, e depois em vários salões pelo mundo todo, o ZN75 era um laboratório ambulante e serviu de base para diversos estudos sobre o emprego do zinco.

ZN75: o Roadster reconstruído com componentes à base de liga de zinco pela ILZRO

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