Consultório Técnico
por Fabrício Samahá
VTEC, o comando de válvulas
variável
O que significa VTEC e para
que serve esse sistema dos motores da Honda?
Márcia Ferreira Nunes
Araraquara, SP
Antes dos comandos de válvulas variáveis, Márcia, o
equilíbrio entre torque, potência, economia e durabilidade de
um motor tinha de seguir algumas regras. Quando mais
"bravo" o comando, mais potência se conseguia, às
custas de consumo e emissões maiores, elasticidade menor e vida
útil mais curta. E vice-versa para um comando mais
"manso". Reunir o melhor dos dois mundos foi o objetivo
de sistemas como o VTEC (Variable Valve Timing and Lift
Electronic Control System, ou sistema de controle
eletrônico para tempos de distribuição e levantamento de
válvulas) da Honda.
Os comandos variáveis deram novo fôlego aos motores multiválvula, fornecendo bom torque em baixa rotação e muita potência em alta
No VTEC cada par de válvulas (que são quatro por cilindro)
possui três ressaltos: dois iguais nas extremidades e um
diferente no meio. Em rotações baixas e médias, apenas os
ressaltos externos, "mansos", acionam as válvulas.
Atingido um regime predeterminado -- na faixa das 5.000 rpm --, a
pressão do óleo do motor, comandada eletronicamente, coloca em
funcionamento o ressalto "bravo" central. O motor
assume então um novo diagrama de comando, com maior abertura e
levantamento, que transforma seu desempenho e o leva até
rotações incomuns. O motor do Integra R, por exemplo, atinge
sua potência máxima a 8.000 rpm!
Outras marcas possuem sistemas similares, como o VANOS da BMW e o
VVC da Rover inglesa. Há ainda os que atuam somente nas
válvulas de admissão -- o VVT, da própria Honda, e o variador
de fase da Alfa Romeo. Neste, ocorre um deslocamento do comando
em 25 graus em baixas rotações, equivalendo-se ao uso de um
diagrama mais "manso". Em altos regimes, o comando
retorna à posição original e reassume o perfil
"bravo" adequado a um motor esportivo.
© Copyright 1998/1999 - Best Cars Web Site - Todos os direitos
reservados