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O tema de "quadrado arredondado" do Uno é bastante pessoal; versão Sporting traz defletores e saias, rodas de 15 pol e faixas decorativas

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O desenho típico de modelos europeus disfarça a origem do J3 e obtém ampla aprovação, embora sem entusiasmo; sua aerodinâmica é ótima

Concepção e estilo

A companhia estatal chinesa Jianghuai Automobile Co. Ltd., ou JAC, existe desde 1964 como fabricante de caminhões e em 1997 passou a projetar automóveis. O atual J3 surgiu em novembro de 2008, sendo chamado de Tojoy em alguns mercados. O Uno, como se sabe, apareceu em 1983 na Itália na primeira geração, lançada um ano depois no Brasil, e passou à segunda apenas em 2010, já que teve outro sucessor por lá (o Punto de 1993) e um pretenso substituto aqui (o Palio de 1996).

Concebido pelo estúdio de estilo da marca na Itália, o desenho do J3 mostra-se moderno e bem ao gosto ocidental, sem denunciar sua origem de imediato — ainda deve levar algum tempo até que as marcas chinesas desenvolvam sua identidade de estilo, como já aconteceu com as sul-coreanas. O predomínio de curvas no desenho pode deixá-lo parecido com modelos dos anos 90, mas há detalhes tipicamente atuais como os faróis de aspecto bem elaborado e as lanternas traseiras com contorno irregular.

O Uno é um caso à parte, pois a carroceria — toda baseada no tema de quadrado com cantos arredondados — não se parece com nenhuma outra no mercado, ainda que existam no exterior outros modelos com fórmula similar. Há soluções criativas, como a forma dos arcos de para-lamas, a falsa grade (não admite ar) formada por três retângulos apenas no lado esquerdo do carro e as lanternas traseiras elevadas.

O JAC pareceu agradar a maior número de pessoas, pois não se afasta muito dos padrões de estilo hoje vigentes em várias marcas. O Fiat obtém aprovação e rejeição em doses talvez equilibradas, mesmo decorrido um ano de seu lançamento. O pacote visual do Sporting, com anexos aerodinâmicos, faixas decorativas e rodas de alumínio de 15 pol, foi considerado atraente por muitos e exagerado por alguns, mas parece adequado ao público-alvo da versão.

O coeficiente aerodinâmico (Cx) informado pela marca chinesa impressiona: 0,294, típico de modelos mais longos e baixos, em que as linhas podem ser mais favoráveis ao fluxo de ar. O do nacional, 0,35, representa involução se comparado ao do Palio e repete o valor do Uno original de 28 anos atrás. Com áreas frontais calculadas bem próximas, os resultados são 0,65 no JAC e 0,78 no Fiat.

Conforto e conveniência

Uma das dúvidas mais comuns acerca dos carros chineses é quanto à qualidade do acabamento. Como é o J3 nesse aspecto? Regular, talvez um pouco abaixo da média nacional da classe. Como o Uno, ele usa plásticos duros e de aparência simples por todo o interior, mas o Fiat tem menos rebarbas e melhores encaixes. Em revestimento de bancos o JAC avaliado era superior pelo uso de couro, aplicado em concessionária, mas o tecido original é simples e áspero como o do carro brasileiro, que nessa versão usa um padrão criativo e detalhes em laranja.

O motorista de ambos encontra restrições ao conforto. No Uno os pedais estão deslocados à direita, o encosto tem escasso apoio lombar e a alavanca de ajuste de altura fica apertada junto à do freio de estacionamento. No J3 os bancos duros, curtos nas coxas e com pouco apoio lombar causam cansaço em viagens. Não há regulagem de altura do assento e os pedais poderiam estar mais afastados entre si. Também incomoda o ajuste de altura de volante: tanto a alavanca de liberação quanto a regulagem em si são muito duras. Como no Fiat, a reclinação do encosto é regulada em pontos definidos.

As duas marcas foram criativas no desenho do painel de instrumentos: o da Fiat traz o mostrador digital de combustível e temperatura incrustado no velocímetro e tem conta-giros em forma de meia lua; no da JAC esse instrumento vem concêntrico ao velocímetro, com os demais mostradores em seus lados. A posição em si não incomoda no chinês, mas sim a iluminação (permanente) no "padrão Volkswagen" de azul escuro e vermelho: sob sol intenso, falta contraste do azul ao fundo preto, o que prejudica sobretudo a leitura da velocidade.

Estranho mesmo é seu marcador de combustível, talvez o único no mundo em que a posição de tanque cheio fica à esquerda. No Uno, o círculo vermelho com instrumentos digitais fica algo perdido em um painel com iluminação branca e mostrador do rádio alaranjado. Uma vantagem sua é vir com computador de bordo, que informa consumo em km/l.

O J3 tem detalhes que têm sido raros nos nacionais da categoria, como luzes de cortesia nas portas dianteiras, ajuste elétrico do facho dos faróis, miolo de ignição e partida iluminado, acendedor de cigarros e regulagem do intervalo do limpador de para-brisa. Como o Uno, traz faixa degradê no para-brisa, mas fecha devidamente a seção central, não coberta pelos para-sóis, com uma pintura negra que deveria ser imitada. Também interessantes são as palhetas do limpador sem armação metálica e o protetor de cárter em plástico. Continua

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