A Citroën Aircross chega para desafiar a Fiat Idea Adventure, de
visual e motor novos, entre as minivans com apelo fora-de-estrada

Associar a proposta "aventureira" a uma minivan não é algo comum em âmbito mundial, embora tenha havido casos isolados no exterior, como a Renault Scénic RX4 e, em tamanho maior, a Mitsubishi Space Gear — ambas com tração integral. No Brasil, porém, a fórmula foi aplicada com êxito comercial pela Fiat em 2006, com a Idea Adventure, e inspirou a Citroën a fazer o mesmo com sua Aircross, que chegou ao mercado antes mesmo da versão "civil", a C3 Picasso, prevista para este primeiro semestre.

Com as novidades estéticas e mecânicas da Idea para 2011, entre as quais o motor E-Torq, um confronto se tornava mais interessante. Embora o formato de carroceria do modelo franco-fluminense (fabricado em Porto Real, RJ) esteja mais próximo do de um utilitário esporte, com o capô proeminente, basta entrar na Aircross para perceber que se trata de uma minivan, tanto quanto a concorrente ítalo-mineira, feita em Betim, MG. Nota-se que elas têm a mesma proposta de uso: veículos familiares com tamanho prático para uso na cidade, espaço e desempenho razoáveis para viagens e aptidão para sair do asfalto um pouco maior que a de um carro de passeio típico, embora não se destinem ao uso fora de estrada severo

Há equilíbrio também nos outros "Ps" de nossos comparativos. Em porte, a Aircross supera a Idea por apenas 7 centímetros em comprimento e 3 cm na distância entre eixos. Em potência é a Fiat que vai além, pois o E-Torq de 1,8 litro e 16 válvulas, com 130/132 cv (gasolina e álcool, na ordem), a deixou bem mais vigorosa que a versão anterior (de 1,8 litro, oito válvulas e 112/114 cv) ou mesmo que a concorrente da Citroën, que tem 110/113 cv na unidade 1,6 16V. E quanto ao preço?

A Idea Adventure existe em versão única com ampla oferta de opcionais; já a Aircross oferece três opções, cada uma com poucos itens para seleção à parte. Como é comum, os carros avaliados vieram praticamente completos, o que levou às alturas os preços. Se a Fiat parte de R$ 56,9 mil, a nossa chegava a R$ 67 mil, faltando apenas teto solar e a caixa manual automatizada Dualogic para o valor máximo. Para a Citroën, o preço de entrada da versão Exclusive (R$ 62,3 mil) sobe para R$ 68 mil com todas as opções disponíveis. O resultado foi equilíbrio de preços, mas vale observar que, em linhas gerais, os resultados da comparação aplicam-se também a quem optar pelos modelos sem opcionais. Continua

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Data de publicação: 15/2/11

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