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Comparativo Completo

O primeiro desafio à Meriva

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Nova minivan da GM enfrenta, pela primeira vez na
Internet, sua mais direta concorrente. E tem trabalho.

Chevrolet Meriva 1,8 Renault Scénic RXE 1,6 16V
Texto e fotos: Fabrício Samahá

Consideradas por muitos os carros familiares do futuro (embora haja quem não troque as peruas por elas), as minivans ganham mercado e se diversificam. A Renault trouxe-nos o conceito, em 1999, enquanto a General Motors é a primeira a oferecer duas opções no porte considerado compacto. "Minivan compacta" pode parecer redundante, mas é a conseqüência de se ter adotado há tempos o termo míni para modelos grandes para nossos padrões, como Chrysler Grand Caravan e similares.

Mais que fazer companhia à Zafira, a Meriva, que acaba de chegar às concessionárias da marca, tem como missão enfrentar a Scénic na faixa de entrada do segmento. A GM anuncia a pretensão de concorrer também com a Xsara Picasso, pelo fato de todas terem cinco lugares (Zafira, sete), o que não faz sentido, dadas as diferenças dimensionais, de equipamentos de série e de preço.

Clique para ampliar a imagem À venda no Brasil seis meses antes da Europa, a Meriva agrada no estilo, lembrando o novo Corsa e a Zafira. O entreeixos de 2,63 metros, bem amplo para seu comprimento, supera em 5 cm o da Scénic

Preço: eis um elemento que convida à Meriva, oferecida a R$ 28.210 na versão de oito válvulas sem opcionais. Só que não é assim que a maioria deverá comprá-la, mas recheada de itens de conforto que a levam a R$ 37.935, sem incluir bolsas infláveis, freios com sistema antitravamento (ABS) ou volante regulável em altura, opções que chegam só no fim do ano.

Esses três equipamentos, bem como revestimento dos bancos em couro e muitos dos opcionais da Meriva, são de série na Scénic RXE 1,6, concorrente mais direta da nova minivan. O modelo da Renault vem em pacote único, completo, e custa R$ 43.990 (a versão RT com adição de ar-condicionado sai por R$ 39.720, mas não foi possível avaliá-la). As similaridades em preço, porte (cerca de 4,1 metros de comprimento e 2,6 de entreeixos) e potência (102 cv a GM, 110 cv a Renault) compõem a receita ideal para este comparativo, publicado em primeira mão entre os web sites.

Concepção e estilo   A origem da Scénic é conhecida: apresentada no Salão de Paris de 1996, nasceu da plataforma do Mégane, conservando seu entreeixos de 2,58 metros e o comprimento do hatch. No Brasil foi lançada em março de 1999, inaugurando a produção em São José dos Pinhais, PR. A receita habitual de uma minivan -- teto elevado, motorista e passageiros em posição mais alta e ereta -- garantiu bom espaço interno, mas impôs restrições como um volante mais horizontal e um estilo que até hoje não agrada a todos.

Linhas conhecidas: a Scénic existe lá fora desde 1996 e aqui desde 1999, tendo sido renovada apenas na parte dianteira. O capô mais longo revela sua idade, pois as minivans o têm encurtado cada vez mais
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A Meriva surge da mesma receita, mas com uma diferença: a plataforma utilizada é a de um carro pequeno (não um médio-pequeno como o Mégane), com 2,49 metros entre eixos, que foi ampliada para 2,63 metros. O resultado surpreende pelos balanços extremamente reduzidos, que reforçam o ar arrojado da minivan. Desenvolvida em parceria entre a GM daqui e a européia, os brasileiros são os primeiros a poder comprá-la: as versões da Opel alemã e da Vauxhall inglesa, produzidas na Espanha, serão mostradas no Salão de Paris, dia 28/9, e chegam ao mercado somente no início de 2003. Continua

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Data de publicação deste artigo: 10/9/02

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