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Comparativo Completo

França vs. Alemanha

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Dois sedãs de grandes qualidades, mas um deles
oferece mais... e custa R$ 43 mil a menos!
Citroën C5 Exclusive V6 Volkswagen Passat V6
Texto e fotos: Fabrício Samahá

Uma boa disputa entre dois sedãs médio-grandes que sinalizam o estágio de desenvolvimento da indústria européia: assim é o confronto que o BCWS estabeleceu entre o mais novo Citroën, o C5, e um forte representante da concorrência, o Volkswagen Passat. Concorrentes em porte e potência -- dois dos três "P" que consideramos na escolha dos comparativos --, eles se distinguem em um importante aspecto: mesmo oferecendo mais em diversos aspectos, o C5 leva significativa vantagem em preço, o outro "P".

O duelo entre França e Alemanha deu-se entre as versões de topo, C5 Exclusive V6 e Passat V6, ambos na configuração única de transmissão manual-automática. Fartamente equipados de série, custam na ordem R$ 88.600 e R$ 131.731 (o preço do VW, fixado em dólares, varia conforme a cotação da moeda), essa sua maior diferença. De resto, são próximos na distância entre eixos (2,75 metros no C5 e 2,7 no Passat), cilindrada (3,0 e 2,8 litros) e potência (210 e 190 cv, sempre na mesma ordem).

Clique para ampliar a imagem Embora mais curto, o C5 é mais alto, largo e tem maior entreeixos que o Passat. As linhas avançadas são sem dúvida um de seus atrativos. Na foto de abertura ele aparece com a suspensão em sua posição mais baixa, na qual não pode rodar

Concepção e estilo   Ver o C5 de perto causa ao menos duas surpresas: uma, seu porte avantajado, inclusive em altura, na tendência de aproximar os automóveis das minivans (vide Focus e Peugeot 307); a outra, a interessante solução de ser um hatchback, em que a porta traseira dá acesso ao interior, sem deixar de lado o formato de um três-volumes, com porta-malas saliente.

Esse Citroën é recente em termos mundiais -- foi lançado no Salão de Paris de 2000, chegando ao Brasil em outubro passado -- e isso transparece em suas linhas, avançadas e de forte identidade. O pára-brisa é bastante amplo e inclinado, as colunas dianteiras estão bem avançadas (tanto que seria incômodo ajustar o retrovisor esquerdo caso o comando estivesse próximo a ele) e a traseira é alta, muito alta.

Os faróis lembram os do novo Xsara e isso talvez seja seu ponto desfavorável, pois um carro deste padrão jamais deveria ser confundido com um médio-pequeno. Em relação ao Xantia, que ele substitui, cresceu 9 cm em comprimento, 2 cm em largura e 7 cm em altura, mas apenas 1 cm na distância entre eixos, que já era bem ampla.

O VW é bem mais tradicional. Mas as recentes reformas na frente e na traseira dão-lhe ar contemporâneo, enquanto a adição de cromados acrescenta requinte
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O Passat é mais antigo: lançado na Europa em 1996 nesta quinta geração (a VW diz ser a sexta, considerando assim a reestilização de 1993; saiba mais), foi reestilizado lá em 2000 e aqui em abril último. A traseira mudou pouco, mas a frente exibe uma ampla grade -- logo nesse carro, que durante cinco anos não teve grade nenhuma -- e novos e bonitos faróis.

Além de um estilo bem mais refinado, com cromados por toda parte, ganhou a distinção que lhe faltava em relação aos demais modelos da marca. O único VW que se parece com ele, agora, é o topo-de-linha Phaeton -- transferiram a crise de identidade para um segmento superior... Embora o Passat agrade muito, o C5 sem dúvida impressiona mais. É diferente de tudo o que roda por aí e tem um interessante ar futurista.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 29/1/01

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