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Comparativo Completo

Conflito entre nações

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Um francês, outro japonês, dois médio-grandes na
faixa de R$ 80 mil revelam comportamentos distintos

Citroën C5 Exclusive 2,0 16V Honda Accord EX-R 2,3 16V
Texto e fotos: Fabrício Samahá

No Primeiro Mundo eles são meros carros familiares; aqui, opções refinadas, quase sempre escolhidas por executivos de certo escalão. Qualquer um deles substitui bem o saudoso Omega nacional, que em 1998 cedeu lugar ao modelo importado, hoje vendido a mais de R$ 110 mil. Falamos de dois sedãs médio-grandes diferentes na procedência e no perfil, mas próximos em um fator fundamental: preço.

O C5 vem da França; o Accord, do México -- a Honda o fabrica lá para atender ao mercado americano, onde é o líder de vendas entre os automóveis. Custam, na ordem, R$ 80 mil e R$ 82,5 mil com os opcionais das unidades avaliadas. Com o acordo comercial com o Brasil, que prevê alíquota reduzida para o imposto de importação, o preço do carro mexicano sai beneficiado, mas é bom observar que as unidades remanescentes são ano-modelo 2001. A Honda preferiu não importar a linha 2002, que não traria novidades e seria paga a uma cotação bem mais elevada do dólar.

O estilo moderno, quase futurista, atrai as atenções para o C5, que disfarça sua configuração cinco-portas com o porta-malas relativamente saliente
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Valores à parte, como são os carros deste comparativo inédito? Tratam-se de sedãs com porte médio-grande, três volumes, entreeixos de 2,75 (C5) e 2,71 metros (Accord), tração dianteira e motor transversal de quatro cilindros. Apesar da maior cilindrada do Honda (2,3 ante 2,0 litros), sua potência é apenas 12 cv maior que a do Citroën e o torque é muito próximo. Em contrapartida, as diferenças estão por toda parte, dos conceitos de suspensão às tendências de estilo -- o que só torna o confronto mais estimulante.

Concepção e estilo   A origem do C5 é conhecida, por ser um carro bem presente em nossas páginas (veja comparativo com o Passat V6 e avaliação da Break 2,0). Lançado no Salão de Paris de 2000 como sucessor do Xantia, chegou um ano depois ao Brasil, onde assumiu a posição de topo na oferta da marca, em vista do encerramento da importação do XM.

Clique para ampliar a imagem No Accord, o perfil clássico de um três-volumes, com uma dose algo exagerada de tradicionalismo: um modelo de 1997 que parece mais antigo

O nome Accord é bem mais antigo: lançado em 1976, o sedã japonês está na sexta geração -- e a sétima já foi apresentada, tanto a versão para os EUA quanto aquela a ser vendida na Europa e Japão. A atual chegou ao mercado americano em 1997, sendo oferecida aqui no ano seguinte. Portanto, o Honda está três anos defasado diante do concorrente, o que explica em boa parte a diferença de estilos.

Qual agrada mais? Para nós, o C5, que segue a receita básica de todo Citroën que se preza: cinco portas, balanço dianteiro mais longo que o traseiro, entreeixos grande, aerodinâmica apurada. Nem parece ter a grande quinta porta, em virtude do porta-malas mais saliente do que o habitual na marca. Portanto, a personalidade é seu ponto alto, só que nem todos apreciam o jeito Citroën de desenhar sedãs.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 12/11/02

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