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O conflito entre razão e emoção

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A técnica alemã ou o charme e o temperamento quente
italiano? Uma bela disputa entre sedãs esportivos

Alfa Romeo 156 2,5 V6 BMW 325i
Texto e fotos: Fabrício Samahá

Desde que retornou ao mercado brasileiro, em 1990, com o grande sedã 164, a Alfa Romeo tem sido vista como uma marca voltada aos próprios aficionados, os amantes de carros com cuore sportivo -- como ela mesma define o temperamento de seus modelos --, capazes de numerosas concessões em favor desse objetivo. Com a BMW ocorria o contrário: durante todo esse período sedimentou uma imagem de automóveis com a precisão e a qualidade germânica, que harmonizam como poucos a esportividade e o conforto.

Com o lançamento da linha 2003, em agosto último, a Alfa pretende evoluir essa imagem. Mais itens de conforto e segurança e um motor de seis cilindros buscam elevar o padrão do 156, o belíssimo sedã introduzido aqui em 1998, quase ao mesmo tempo que a atual geração da Série 3 da BMW. Essa evolução, porém, não saiu barata aos alfisti: o sedã italiano custa hoje US$ 47 mil -- cerca de R$ 165 mil, considerando uma cotação média de R$ 3,50 por dólar nas concessionárias --, mais que os R$ 149,5 mil do alemão na versão intermediária 325i.

Difícil dizer qual o mais bonito, mas o Alfa revela mais inspiração nos detalhes, como o "escudo" frontal e as maçanetas, inspirados em modelos clássicos da marca
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Se os preços são próximos, o restante é ainda mais: são três-volumes de porte médio-grande (cerca de 4,5 metros de comprimento) com motores de seis cilindros, 24 válvulas, mesma cilindrada (2,5 litros) e potência equivalente (190 e 192 cv), além de transmissão manual-automática e da característica de agregar, em grande estilo, esportividade e conforto no tradicional formato de sedã quatro-portas. A tração dianteira no Alfa e traseira do BMW, por sua vez, é um dos principais elementos de distinção. Uma comparação exclusiva e muito interessante para esta edição de quinto aniversário do BCWS.

Concepção e estilo   A BMW utiliza a designação Série 3 desde 1975 (leia história), sendo a atual geração (código E46) a quarta. Lançada no Salão de Genebra de 1998, recebeu na linha 2002 uma reestilização frontal, envolvendo faróis, pára-choques e pára-lamas, que em nada destoa do que foi mantido.

Clique para ampliar a imagem O maior mérito do desenho do BMW é exibir, em um conjunto plenamente atual, os elementos de estilo tradicionais da marca. O modelo 2002 recebeu alterações frontais

Permanece um dos sedãs mais elegantes e equilibrados do segmento, com a particularidade do balanço dianteiro bem reduzido, recurso também para melhor distribuição de peso entre os eixos. Os elementos tradicionais da marca estão presentes: a grade "duplo rim", os quatro faróis redondos (atrás de uma lente única desde 1990), a borda na tampa do porta-malas, a forma peculiar das janelas e lanternas traseiras.

O Alfa 156 nasceu no Salão de Frankfurt de 1997 como sucessor do retilíneo 155, impressionando pelas linhas sedutoras. A casa de Arese combinou com uma felicidade rara o conjunto moderno a caracteres clássicos, como o "escudo" frontal que avança no pára-choque (e desloca a placa para a esquerda), os vãos em torno desse escudo, as maçanetas dianteiras em alumínio polido (as traseiras ficam discretas junto às janelas, para dar sensação de um cupê) e as lanternas afiladas que parecem esculpidas à carroceria.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 19/10/02

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