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Os 1,0-litro em seu devido lugar

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Os motores 1.000 devem ficar mesmo para versões de
entrada, como estes três-portas da GM e da Peugeot

Chevrolet Celta Super 1,0 Peugeot 206 Selection 1,0 16V
Texto e fotos: Fabrício Samahá

Entre as prováveis conseqüências da alteração das alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em agosto último, está o retorno dos motores de 1.000 cm3 a seu devido lugar: as versões mais simples dos modelos hatchback, sem o peso dos sedãs três-volumes e os numerosos itens de conforto que foram adicionados, ao longo dos últimos 12 anos, a esses modelos beneficiados por menor incidência fiscal.

O "carro mil" não vai acabar, mas esses limitados motores tendem a ficar restritos a modelos mais leves, simples e baratos. É o caso do Celta, na linha Chevrolet, e do 206 Selection, versão básica do pequeno Peugeot. Carros que têm muito em comum: o lançamento ainda recente (2000 e 2001, na ordem), o estilo moderno e agradável, o porte (cerca de 3,8 metros de comprimento e os mesmos 2,44 metros entre eixos), a potência (70 e 68 cv, na mesma ordem) e até o preço.

No Celta 2003 o pacote Super passa a ser oferecido como versão, com pára-choques pintados e melhor acabamento. Mas seu preço fica próximo ao do Peugeot com opcionais e alguns dos acessórios
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Preço? Causa surpresa para muitos ver o Celta, lançado com acabamento tão espartano há dois anos, competir em valores com o 206, que parecia pertencer a um segmento superior. Ocorre que a versão Super do modelo da General Motors, com a adição dos poucos opcionais e de alguns dos muitos acessórios disponíveis (veja relação), aproxima-se do carro da Peugeot: cerca de R$ 21 mil a unidade avaliada, com ar-condicionado, controle elétrico dos vidros e outros equipamentos -- que muitos desejam hoje, mesmo num automóvel simples para uso urbano --, contra R$ 23,6 mil do 206 avaliado.

Concepção e estilo   A origem do Celta, lançado em setembro de 2000, é bem conhecida: a GM brasileira o desenhou -- primeiro automóvel totalmente concebido por ela, sem utilizar ao menos parte do estilo original da Opel alemã -- sobre a plataforma do Corsa antigo, uma forma de revitalizá-lo no mercado sem incorrer em custos elevados. O resultado foi uma reformulação completa, que torna difícil reconhecer nele o modelo de origem.

Clique para ampliar a imagem O desenho moderno e de personalidade continua um trunfo do 206, mais de três anos após seu lançamento no Brasil. A versão Selection tem preço interessante no segmento

O Peugeot tem outra história para contar. Nasceu na França no final de 1998, com linhas originais inspiradas no carro-conceito 20-Couer do Salão de Genebra daquele ano, e chegou ao Brasil em abril de 1999, ainda importado. A produção argentina logo começou e, em junho de 2001, era inaugurada a fabricação nacional em Porto Real, RJ, com motor 1,0-litro comprado da Renault.

Ambos são atraentes e atuais, mas o 206 consegue agradar ainda mais. Os faróis e lanternas alongados, o enorme pára-brisa e a tomada de ar no capô são elementos de um desenho muito feliz, daqueles que dificilmente poderão ser retocados no futuro. O Celta, embora com detalhes interessantes -- como os vincos nos pára-lamas e a moldura das portas que lembra a do cupê Tigra --, é menos arrojado e transmite sensação de fragilidade na traseira, talvez pelas lanternas esguias e a tampa "lisa", pois a placa fica no pára-choque.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 15/10/02

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