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Carros do Passado

Um carro tipo bem-sucedido

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O Fiat Tipo revolucionou o mercado de importados, até
que uma série de incêndios pôs fim a sua carreira

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A década de 80 foi, para a Fiat, um tempo de renovação -- e de reviravolta, que daria até capa da revista americana Time para o executivo-chefe e principal acionista, Gianni Agnelli. Começou em 1983 com o Uno, em um rompimento com as formas pasteurizadas de seu antecessor 127 (147 no Brasil), prosseguiu em 1983 com o Regata e em 1985 com o Croma, pouco conhecidos por aqui. Então chegava a vez de atualizar o segmento médio-pequeno, representado pelos já veteranos Strada e Ritmo, introduzidos em 1978.

Em janeiro de 1988 era lançado, com grande estardalhaço na imprensa européia, o Tipo. (seu nome era mesmo grafado seguido de um ponto). O evento envolveu 1.200 jornalistas do mundo todo, instalados em Madri, Paris, Londres, Frankfurt e Roma, com os quais a Fiat se comunicava através de transmissão de TV via satélite.

O antecessor: depois do Uno, Regata e Croma, a Fiat lançava o Tipo para suceder ao Ritmo, já com 10 anos de mercado

Desenhado pelo centro de estilo da marca, com a colaboração do estúdio I.DE.A de Turim (que mais tarde projetaria o Palio), o Tipo chegava ostentando linhas cheias, robustas, que transmitiam a sensação de um amplo interior. Não era apenas sensação: com entreeixos de 2,54 metros e largura de 1,70 metro, surpreendia pelo espaço. Dois volumes e cinco portas eram a única versão de carroceria, com o bom coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,32.

O curioso nome parece ter vindo da designação do projeto, Tipo Due (tipo dois, em italiano), uma continuação da linhagem iniciada com o Tipo Uno (tipo um), ou apenas Uno. Era fabricado em uma nova unidade em Cassino, na Itália, com uma linha de produção altamente robotizada, referência neste aspecto entre as marcas européias. A linha seria exclusiva até a chegada de seus derivados Tempra e Tempra S.W., em 1990.

O primeiro Tipo: largo, alto, de estilo robusto, oferecia cinco portas, acabamentos básico e Digit e motores de 56 a 83 cv. No alto, a versão 2,0 16V

O Volkswagen Golf era o principal concorrente, mas o leque de opções do consumidor europeu incluía Opel Kadett, Ford Escort, Renault 19 e Peugeot 309 (substituído pelo 306 em 1993), entre outros. O Tipo trazia duas opções de acabamento, básica e Digit, depois renomeada DGT. Esta se distinguia, sobretudo, pelo avançado painel digital, composto por dois "andares" de instrumentos de cristal líquido e luzes-piloto -- conhecido no Brasil na perua Tempra S.W.

Os motores iniciais cobriam uma ampla oferta: 1,1-litro Fire de 56 cv, 1,4 de 72 cv, 1,6 de 83 cv (estes evoluídos do Ritmo), todos a gasolina, além de 1,7 diesel de 57 cv e 1,9 turbodiesel de 90 cv. As versões 1,4 e 1,6 podiam vir com injeção e catalisador. A versão esportiva GT chegava na linha 1990, com um duplo-comando de 1,8 litro, 16 válvulas e 136 cv, freios traseiros a disco e sistema antitravamento (ABS) opcional.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 13/7/02

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