Com o final da guerra e a rendição do Japão, a Toyota era autorizada a continuar a fabricação de seus utilitários, mas estava proibida de voltar a produzir propulsores aeronáuticos. Em 1947 retornava à produção de dois modelos, o BM (caminhão leve) e o SB (utilitário para pequenas cargas).
O Jeep japonês
Três anos depois, com o advento da Guerra da Coréia, o governo americano estava procurando um fabricante asiático que fosse capaz de entregar em tempo recorde 1.000 veículos 4x4, semelhantes ao Willys Overland MA1. Aproveitando toda sua experiência na produção de utilitários, a Toyota não pensou duas vezes e apresentou sua versão para o Jeep: o Toyota BJ.
Analisando apenas o desenho externo, muitos consideram o Bandeirante uma cópia fiel dos primeiros Willys MB, assim como vêem em seu primeiro protótipo, o Toyota BJ, uma cópia dos jipes
da Bantam, primeira fábrica a apresentar um projeto de jipe ao
governo americano. Mas isso é desmistificado pelas especificações de cada
modelo: as semelhanças se limitavam ao formato
retilíneo, ao pára-brisa basculante e aos três assentos.
A única semelhança do Land Cruiser com um produto americano era o
motor Toyota 2F, nitidamente baseado no Chevrolet de seis cilindros em
linha e 3.687 cm3, popularmente conhecido nos EUA como "maravilha
de ferro fundido". A semelhança é tanta que todos os agregados
do motor são intercambiáveis, o que faz do motor Toyota uma cópia
quase perfeita do motor Chevrolet. Até o ruído de funcionamento é
praticamente o mesmo.
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