Na traseira era montado um spoiler mais sutil, enquanto faixas frontais e laterais nas cores vermelho, azul-claro e violeta eram opcionais sem custo. Essas cores continuam em uso no emblema da Motorsport, divisão esportiva da BMW. Apenas as carrocerias branca e cinza, esta a custo extra, eram disponíveis. O interior recebia bancos esportivos de acabamento preto, volante especial e apliques em plástico alaranjado no painel, em vez da imitação de madeira das outras versões.

Volante esportivo e aplique alaranjado em vez da imitação de madeira, para um ar esportivo também no interior. Difícil era ler o manômetro do turbo depois que a sobrepressão atuava

Revestimento de veludo e teto solar eram oferecidos como opção. À direita do painel, junto ao relógio, havia o manômetro do turbo, que não trazia números nos primeiros modelos: apenas uma escala branca para turbo inativo, verde para pressão normal e vermelha para pressão excessiva -- difícil era ter tempo de vê-lo quando o turbo "enchia" de verdade. Curiosos eram os pedais não-suspensos, cujo arranjo lembrava o do Fusca.

Embora não fosse exatamente um beberrão (9,5 km/l a 110 km/h, segundo o fabricante), o 2002 Turbo foi alvo fácil dos críticos em 1973/1974, quando eclodiu a primeira crise do petróleo. Aliada à dificuldade em domar o turbo, que dificultava a pilotagem mesmo em competição, essa questão levou a BMW a encerrar sua produção em julho de 1975, depois de apenas 1.672 unidades -- parcela mínima dos 343.283 exemplares do modelo 2002 fabricados.

Difícil de domar e lançado às vésperas da crise do petróleo, o Turbo foi alvo fácil dos críticos. Já em 1975 a BMW tirava a versão de linha

O Turbo foi -- à parte o modelo 1502, criado em função de menor consumo -- a última versão a ser lançada da linha "02", que no mesmo ano daria lugar à primeira Série 3 (código E21). Desde então a BMW praticamente abandonou o turbocompressor em seus sedãs esportivos, preferindo uma boa elaboração aspirada -- a exceção foi o 745i dos anos 80, que teve versões de 3,2 e 3,5 litros. Mas ele garantiu seu lugar entre os colecionadores e, por extensão, na galeria dos carros que marcaram época. 

Em escala
O catálogo da Solido francesa de 1979 mostrava um 2002 Turbo na escala 1/43, cor prata com faixas, spoiler, pára-lamas mais largos, etc. Um similar sem as faixas ainda é disponível na cor vermelha (foto). Recentemente a Anson, marca chinesa que não decepciona, lançou um modelo 2002 Tii branco, na escala 1/18, muito bem feito.

Em escala bem menor, 1/66, a PZF de Manaus, AM fabricou nos anos 80 modelos de carrinhos alemães. Constava da produção uma miniatura do 2002 Touring na cor prata, em que a terceira porta se abria. Pequeno mas caprichado.
por Francis Castaings
Nas telas
James Bond, vivido pelo grande ator Roger Moore, fugia de dois BMW 2002 da polícia alemã que faziam de tudo para tentar pegá-lo, no filme Octopussy, de 1983. Um dos 2002 fez uma bela e rápida manobra, vindo bem rápido de marcha-a-ré, rodou sobre seu eixo e saiu disparado em sentido contrário para perseguir o agente 007.
por Francis Castaings
Ficha técnica
2002 Turbo
MOTOR - longitudinal; 4 cilindros em linha; comando no cabeçote, 2 válvulas por cilindro; turbocompressor. Diâmetro e curso: 89 x 80 mm. Cilindrada: 1.990 cm3. Taxa de compressão: 6,9:1. Injeção mecânica Kugelfischer. Potência máxima: 170 cv a 5.800 rpm. Torque máximo: 24,5 m.kgf a 4.000 rpm.
CÂMBIO - manual, 4 marchas; tração traseira.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson, estabilizador; traseira, independente, braço semi-arrastado, estabilizador.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado, traseiros a tambor.
RODAS - 5,5 x 13 pol (6 x 13 pol opcionais); pneus, 185/70 R 13 V.
DIMENSÕES - comprimento, 4,22 m; largura, 1,62 m; altura, 1,41 m; entreeixos, 2,5 m; peso, 1.080 kg.
DESEMPENHO - velocidade máxima, 211 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 6,9 s.

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